O mercado de escritórios no
Porto, não permite transmitir com exatidão índices de absorção, stock
existente, nem a identificação de negócios concretizados ao longo do ano, dado a
falta de informação entre consultoras/mediadoras com especialização no segmento
de escritórios. A Predibisa, é das poucas consultoras a operar no mercado com a
sua estrutura sectorizada, com um departamento dedicado exclusivamente a esta
área de negócio.
Ao contrário de outras cidades
como Lisboa que têm o LPI (Lisbon Prime Index), no Porto ainda não existe este
índice imobiliário, pelo que a Predibisa está neste momento a desenvolver ações
com entidades e parceiros desta cidade para criar o PPI (Porto Prime Index),
por forma a prestar informações fidedignas ao mercado.
No início deste ano, verificámos
um crescimento acentuado na procura, principalmente em espaços de grande
dimensão, na vertente de serviços partilhados de multinacionais, que têm
procurado instalar-se no Porto, próximo do aeroporto e/ou com facilidade de
acesso por metro. Outra área de negócio em crescimento são as empresas ligadas
às tecnologias de informação, que pretendem beneficiar da mão-de-obra
especializada existente no norte do país.
Boavista continua a ser a zona
Prime, com edifícios mais recentes e melhores infraestruturas, acessibilidades
rodoviárias, transportes públicos e proximidade de serviços e oferta hoteleira.
Na Baixa, embora a procura tenha
vindo a acentuar-se neste último ano, principalmente devido à eficiência da
rede de metro, a oferta carateriza-se por edifícios mais antigos, que
necessitam de um maior investimento em obras de adaptação.
Vila Nova de Gaia/Arrábida,
edifícios recentes com amplas áreas de open space, que permite a otimização do
espaço, mas com rede de transportes públicos ainda reduzida.
Maia, zona predominantemente
industrial e Matosinhos com elevado potencial de crescimento, com o
desenvolvimento do projeto Norte Center, o futuro centro empresarial do Grande
Porto, que contempla a criação de um Bussiness Park de nível internacional, com
os respetivos equipamentos de apoio na área de serviços que contempla a
construção de cerca de 160.000 m2, distribuídos em vários edifícios.
As perspetivas do mercado no
Porto apresentam tendências de crescimento para 2015 com a consolidação da
procura por parte de empresas multinacionais revitalizando o sector.